A importância das florestas
Em 11 de outubro de 20111 resposta

As florestas são importantes para equilibrar o clima, o que tem impacto em todas as atividades.
2011 foi declarado o Ano Internacional das Florestas pela ONU, a Organização das Nações Unidas. A escolha é um reconhecimento da importância das florestas para a sociedade e a sobrevivência da vida na Terra, com o objetivo de sensibilizar as pessoas sobre a importância de sua gestão correta, conservação e desenvolvimento. Para o bem de todo o planeta.
Essa importância pode começar a ser explicada em números: segundo o PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, as florestas cobrem 31% (quase um terço, portanto) de toda a área terrestre do planeta, abrigam 300 milhões de pessoas e têm responsabilidade direta na garantia da sobrevivência de 1,6 bilhão de pessoas e de 80% da biodiversidade terrestre.
Em pé, as florestas são capazes de movimentar cerca de US$ 327 bilhões (quase R$ 600 bilhões) todos os anos, mas, infelizmente, as atividades que se baseiam na derrubada das matas ainda são bastante comuns em todo o mundo. Por causa da ignorância ou do desejo do Generic cialis online lucro imediato.
Isso porque a maioria dos benefícios econômicos resultantes do desmatamento é ganho de curto prazo, como, por exemplo, com a venda de madeira. No longo prazo, esse negócio não é bom e essas terras podem se tornar improdutivas.
Os especialistas recomendam um manejo florestal sustentável, que é a extração planejada de madeira e outros produtos, como óleos, frutas, cascas, látex e mel, como uma forma de gerar renda para a população local, sem prejudicar tanto o ambiente. Outras atividades que podem prover recursos para manter a população local são o artesanato e o ecoturismo.
Mas, o papel das florestas na sociedade não se traduz apenas em números, nem é apenas econômico, apesar de afetar fortemente a economia. Devem ser levados em conta os seus aspectos ambientais e sociais.
Nesse sentido, o
coupon for cialis objetivo da ONU com o Ano Internacional das Florestas foi sensibilizar as pessoas e promover, durante um ano, ações que
incentivem a conservação e a gestão sustentável de todos os tipos de floresta, mostrando que a exploração das matas sem um manejo sustentável pode causar uma série de prejuízos, como:
– perda da biodiversidade;
– agravamento das mudanças climáticas;
– incentivo a atividades econômicas ilegais, como a caça e o tráfico de animais silvestres;
– migrações desordenadas para áreas urbanas, com o crescimento de assentamentos clandestinos e piora da qualidade de vida nas cidades; e
– ameaça à própria vida humana.
E, como tudo está interligado e não existe só um aspecto importante na vida, a gestão sustentável da floresta não leva em conta apenas os aspectos ambientais. A exploração predatória e http://genericcialisonline-rxnow.com/ o desrespeito ao ciclo de vida natural das florestas têm como consequência a ameaça da sua sustentabilidade econômica, das relações sociais e da própria vida humana.
Isso acontece porque as florestas são a fonte, entre outros, de água potável e alimentos. Se houver uma exploração não planejada, como no caso do desmatamento para venda ilegal de madeira, e pesca fora de época, fontes de vida e de sustento da população local podem ser extintas com o tempo.
E quem acha que os prejudicados são apenas os moradores das florestas, engana-se. Pois elas fornecem matérias primas para indústrias essenciais, como a farmacêutica e a da construção civil, além de desempenhar um papel vital na manutenção da estabilidade do clima e do meio ambiente globais, o que afeta a agricultura, entre outros setores vitais da economia. Assim, tanto os moradores das cidades como os agricultores de outras regiões são também afetados pelo desmatamento. E agricultura prejudicada por causa de questões climáticas adversas significa – não podemos nos esquecer – alimentos mais caros.
Preservar para todos viverem
Com a perda das florestas, inúmeras espécies desaparecerão. Segundo a organização não-governamental Conservação Internacional-CI, a Mata Atlântica brasileira, um dos 35 hotsposts – ou seja, locais mais ricos em biodiversidade e, ao mesmo tempo, os mais ameaçados do mundo – e a segunda maior floresta brasileira em extensão, possui 8 mil plantas, 323 anfíbios e 48 mamíferos endêmicos, que só existem nesse bioma. Atualmente com apenas 8% de sua cobertura original conservada, ela corre o risco de desaparecer, o que representa uma grande ameaça para essas espécies endêmicas que lá vivem.
Assim, proteger as florestas significa preservar a biodiversidade e a própria sobrevivência do ser humano, pois todas as espécies têm uma função e são importantes para as outras. Romper esse equilíbrio significa um risco de termos problemas como secas e infestação de pragas, por exemplo.
Além disso, preservar as florestas ajuda a evitar a erosão, que implica em perda de solo, e a aumentar a absorção de água da chuva, o que é fundamental para a manutenção das águas subterrâneas. O desmatamento também tende a aumentar o depósito de sedimentos em água doce de córregos e de rios, fazendo com que as populações de peixes diminuam.
Outro ponto importante é que a preservação dessas áreas ajuda a atenuar os efeitos das mudanças climáticas. Isso porque as árvores absorvem o dióxido de carbono da atmosfera, tornando-se grandes depósitos de carbono. Com o desmatamento, são liberadas quantidades enormes de dióxido de carbono, contribuindo para aumentar os efeitos do aquecimento global.
Pulmão do mundo
Desde pequeno a gente escuta que a Amazônia é o “pulmão do mundo”. Esta frase, nada original, tem uma razão de ser. A Floresta Amazônica, com cerca de 5,5 milhões de km², é a maior floresta tropical úmida e com maior diversidade do planeta. Possui, nada menos, do que um terço de todas as espécies vivas do mundo.
O Brasil abriga 60% da área total da Floresta Amazônica, que está presente em nove Estados e cobre mais de 61% do território nacional.
No Rio Amazonas e em seus mais de 1 000 afluentes, estima-se que haja quinze vezes mais peixes que em todo o continente europeu. Apenas 1 hectare – ou seja, 10 mil m² – da floresta pode ter até 300 tipos de árvores. Para efeito de comparação, a floresta temperada dos Estados Unidos possui 13% do número de espécies de árvores da Amazônia.
Toda essa riqueza natural, no entanto, tem sido alvo de exploração predatória e ilegal, ameaçando assim o ciclo natural de reprodução dos recursos, bem como a subsistência das comunidades indígenas que habitam a região.
E a Mata Atlântica, floresta tropical que acompanhava toda a linha do litoral brasileiro, tem sido destruída desde a chegada dos portugueses ao Brasil, em 1500, com a extração do pau Brasil, importante árvore desse bioma. Hoje abrigando quase 70% da população brasileira (cerca de 120 milhões de pessoas), encontra na especulação imobiliária, no corte ilegal de árvores, na agricultura e na poluição ambiental os principais fatores responsáveis por sua extinção.
7 mil km2 desmatados na Amazônia em 2010
A taxa de desmatamento na Amazônia em 2010 foi estimada pelo INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Especiais, empregando o sistema Prodes, de monitoramento por satélite, em 7 mil quilômetros quadrados. A revelação foi feita pela Ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, no início de outubro de 2011. Parece muito, mas é a menor taxa de desmatamento desde 1988.
Segundo o Boletim de Risco de Desmatamento divulgado pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a maior parte das
florestas sob risco de desmatamento concentra-se no Pará (67%) e Mato Grosso (13%). As áreas com maior probabilidade de desmatamento ficam ao longo das BRs 163 (Rodovia Cuiabá-Santarém) e 230 (Rodovia Transamazônica) e na região da Terra do Meio, no Pará. Outras regiões de concentração estão localizadas no sudeste do Acre, norte de Rondônia e noroeste do Mato Grosso.
Áreas privadas, devolutas ou em conflitos por posse representam 59% dessas áreas, enquanto que outros 25% estão dentro de assentamentos de reforma agrária. As Unidades de Conservação (UC) e Terras Indígenas concentram 12% e 4% das áreas sob risco de desmatamento, respectivamente.
Desmatamento
Segundo os ambientalistas, as maiores ameaças `as florestas são o uso da terra para a agricultura, industrialização e urbanização sem planejamento e desordenadas.
Como desmatar é caro, a retirada da madeira – além de financiar o desmatamento do local – é uma maneira de começar a transformar a área em pastagem que depois servirá à agricultura.
Mas há soluções para conter a devastação das florestas, se forem tomadas medidas para conscientizar, fiscalizar, punir e dar opções para uma exploração econômica desses biomas sem os prejudicar.
A primeira boa notícia é que as florestas têm poder de regeneração e basta parar de desmatar e canadian pharmacy discount number degradar para que ambientes, como a Mata Atlântica, sozinhos possam aumentar aos poucos. Sua tendência é de se recuperar, mas, para isso, é necessária uma política de combate ao desmatamento, com conscientização e educação das pessoas e das empresas, fiscalização e fortalecimento da economia florestal, com benefícios para as populações locais.
Para que elas tenham outras opções de sustento que não derrubar para vender a madeira; nem façam uma ocupação desordenada da mata, no caso da Mata Atlântica. Afinal, sustentabilidade significa melhorar a vida das pessoas com respeito ao meio ambiente. O tal sildenafil citrate powder do equilíbrio.
Há online pharmacy viagra ainda quem defenda compensar financeiramente os “guardiões das florestas”, como os índios e as populações que dependem diretamente dela e incentivar o pequeno produtor a recuperar a sua área e a encontrar uma atividade que lhe proporcione renda suficiente para sustentar sua família com dignidade.
Por fim, parcerias com ONGs, universidades e empresas têm dado bons resultados para diminuir o quadro de desmatamento, entre outras ameaças ambientais, e, ao mesmo tempo, aumentar a produtividade da agricultura e pecuária em municípios como Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, e Marabá e Paragominas, no Pará, até pouco tempo considerados os “campeões do desmatamento”.
A responsabilidade é também de quem vive na cidade
Você e eu, que moramos na cidade, longe da floresta e fora das áreas agrícolas, também temos responsabilidade sobre sua conservação e podemos fazer a nossa parte.
O estudo Quem se beneficia com a destruição da Amazônia, realizado em 2008 por iniciativa do Fórum Amazônia Sustentável e do Movimento Nossa São Paulo, mostrou que as populações urbanas são as que mais se beneficiam dos recursos extraídos da floresta.
Assim, um primeiro passo é procurar saber a origem dos alimentos que consumimos, dos móveis que compramos etc. Como foi cultivado este alimento? Onde? A mesa que compramos é de madeira certificada? Qual a origem dos materiais que usamos na reforma da nossa casa? Precisamos mesmo de tudo o que compramos?
O Ministério do Meio Ambiente estimou, em 2008, que o volume de madeira ilegal da Amazônia que abastece o mercado pode chegar a 90% do total consumido no Brasil. A indústria da construção civil, segundo o estudo, é a que mais se beneficia dessa matéria prima.
O Brasil é o maior exportador mundial de carne do mundo, título que nos orgulha, dá emprego e rende divisas para o nosso país. Mas, também acarreta problemas para as florestas nacionais se a expansão das pastagens se der em locais de matas nativas.
Outra atividade relacionada ao desmatamento é cialis generic o cultivo da soja, com a expansão da fronteira agrícola para o norte do Mato Grosso e sul do Pará, por exemplo, entre outras novas fronteiras agrícolas. O plantio de soja no Brasil tem ocupado, nos últimos anos, cerca de 22 milhões de hectares – o que corresponde a 45% de toda a lavoura brasileira de grãos – que também é formada por arroz, feijão e milho, entre outros produtos.
A constatação desses dados resultou na criação, em 2008, dos pactos empresariais da madeira, da carne e da soja, iniciativa desencadeada por entidades da sociedade civil organizada, visando o combate à degradação da Floresta Amazônica. Ao assinarem os pactos, as entidades assumem a responsabilidade de não se beneficiarem nem comercializarem produtos provenientes da exploração predatória da Amazônia, além de adotar ações de combate à exploração ilegal da floresta. São as empresas e a sociedade civil fazendo a sua parte. Mas isso só é possível com a conscientização dos consumidores.
Neste ano, discute-se no Congresso Nacional projeto de lei de reforma do Código Florestal brasileiro, visando a conciliar a atividade agropecuária, para a produção de alimentos, fibras e energia, com a preservação ambiental. Enquanto não há uma definição sobre as novas exigências para percentual de área cultivada, matas ciliares, APPs etc., com o aumento das discussões sobre o assunto e da consciência ecológica, muitos agricultores estão se antecipando e fazendo a restauração florestal, com mudas de árvores nativas.
Outro ponto importante é nunca comprar e denunciar o tráfico e o comércio ilegal de espécies de animais e plantas silvestres, que são atividades criminosas que colocam em risco a nossa rica biodiversidade. O declínio de populações de pássaros, espécies que têm um papel fundamental como polinizadores, representa uma ameaça `a manutenção as florestas. É a natureza, inteligente, interligada e se auto-sustentando. Uma quebra em um dos elos ameaça o todo.
Outras atividades que devem ser combatidas são a caça e a pesca predatórias.
Viu como não é difícil? Se cada um – governo, empresas e cidadãos – fizer a sua parte, as florestas podem continuar a desempenhar o seu papel de combate ao aquecimento global, celeiros de biodiversidade, proteção do ar e da água.
(Foto: Delfim Martins/Pulsar Imagens)
Tópicos para discussão em sala de aula:
- Quais são chineseviagra-fromchina as florestas mais importantes no Brasil?
- Por que as florestas são importantes?
- Que tipo de atividades ameaça as florestas brasileiras?
- Existe alternativas de sustento para as pessoas que vivem no coração da floresta amazônica?
- O que você entende por manejo sustentável das florestas?
- O que as pessoas que vivem nas cidades podem fazer para ajudar a preservar as florestas brasileiras?
Sites de consulta para saber mais:
Instituto Florestal
http://www.iflorestal.sp.gov.br/pesquisa
Site do Ano Internacional das Florestas, da ONU
http://www.un.org/en/events/iyof2011/
Conservação Internacional – CI
www.conservacaointernacional.org.br
Fundação SOS Mata Atlântica
Instituto de Pesquisas da Amazônia – INPA
Instituto Agronômico – IAC
WWF-Brasil
Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)
Serviço Florestal Brasileiro (SFB)
The Nature Conservancy (TNC)
http://www.nature.org/ourinitiatives/regions/southamerica/brasil/index.htm
[...] http://www.reciclick.com.br/2011/10/a-importancia-das-florestas/ [...]